Con-fusões patéticas na composição dramática do qorpo
Nome: CÉLIA PATRÍCIA SAMPAIO BANDEIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/05/2009
Banca:
Nome | Papel |
---|---|
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Examinador Interno |
MARCELO PAIVA DE SOUZA | Examinador Interno |
Resumo: Resumo
Metendo-nos no caminho circular da composição dramática de Qorpo-Santo, tentamos
em seu teatro sobrever por entre três portas a entrada do coro de personagens cujos pés
saltitantes bailam na trinca de peças: As relações naturais, Certa entidade em busca de outra
e Eu sou a vida, eu não sou a morte. Empenhando-nos em seguir nos saltos deste coro que
aqui aludimos ao ditirâmbico, em honra de Dionísio o lugar de dança, o lugar de onde se
eleva o altar, o lugar do sagrado por excelência através dos espaços circulares abertos para
cima e para baixo. A gesta qorpo-santense perfaz propriamente um andar com, tendo consigo
e trazendo em cima do corpo o vigor do extasiado composto na fusão conjunta, no confundir
de posições na conjunção e disjunção de homem e obra que por esta experiencia sua própria
existência poeticamente, obra de Qorpo arrebatado em phatos e que por ele atinge o território
do elevado mais profundo; balindo no baile, o Qorpo performa a dança para aquém e para
além da palavra.
Nos saltos do diálogo diabólico irrompem sombras-personagens em visceralidade
abismada que, no jogo do fogo entoam arroubos patéticos e líricos derramamentos colhidos de
Céu e Terra, abrindo um (não)lugar e um (não)tempo propício ao drama faustoso que ao
explodir os contornos do corpo, liquida-o para recompô-lo em dança ritmada pela poeticidade
e musicalidade do tempo diabológico do drama que afirma a vida pela arcaica força mítica do
sagrado primordial em exercício sacrossanto. Harmonizados, os corpos se con-fundem em
visão tragicômica, gozando no gargarejo final das palmas ao exorbitante espetáculo
dramático.