A SUBVERSÃO DE GÊNERO NOS DIÁRIOS DE ALEJANDRA PIZARNIK
Nome: ERLÂNDIA RIBEIRO DA SILVA
Data de publicação: 11/11/2024
Banca:
Nome | Papel |
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FERNANDO SIMPLÍCIO DOS SANTOS | Examinador Externo |
GRACIELLE MARQUES | Examinador Externo |
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO | Examinador Interno |
RAFAELA SCARDINO LIMA PIZZOL | Examinador Interno |
VITOR CEI SANTOS | Presidente |
Resumo: O objetivo desta tese é avaliar como a identidade de gênero e a sexualidade são construídas performativamente por Alejandra Pizarnik (1936-1972), em seus Diários do período 1954 a 1960. Considerando que tanto o gênero quanto a sexualidade são práticas performativas (Butler, Problemas de Gênero), argumento que Pizarnik não se fecha em uma identidade fixa, subvertendo a identidade de gênero heteronormativa pré-definida para as mulheres da época, tanto na concepção da sociedade patriarcal quanto do movimento feminista. Se o senso comum patriarcal via as mulheres como frágeis e submissas, o movimento feminista também determinava uma unidade na identidade de gênero feminino, aprisionando as pessoas em categorias ontológicas preestabelecidas ao invés de as libertar. A partir da teoria de Butler, procuro entender a maneira com que a voz autoral dos Diários lida com normas patriarcais, subverte tais normas e encontra espaços de singularidade produzindo novas formas. Concluo que o poder patriarcal, com sua força da submissão à identidade de gênero imposta como uma matriz estável e insuperável, age produzindo melancolia.