DITADURA MILITAR BRASILEIRA E VIOLÊNCIA DE GÊNERO EM TROPICAL SOL DA LIBERDADE, DE ANA MARIA MACHADO
Nome: LUCINÊI MARIA BERGAMI
Data de publicação: 21/11/2024
Banca:
Nome![]() |
Papel |
---|---|
FABIOLA SIMAO PADILHA TREFZGER | Examinador Interno |
GASPAR LEAL PAZ | Examinador Interno |
MARCELO DURÃO RODRIGUES DA CUNHA | Examinador Externo |
NELSON MARTINELLI FILHO | Presidente |
WEVERSON DADALTO | Examinador Externo |
Resumo: A partir da leitura de Tropical sol da liberdade (1988), obra romanesca da escritora carioca Ana Maria Machado (1941), este texto investiga a trajetória da personagem Helena, antes, durante e depois de seu exílio, em razão da Ditadura Militar brasileira. As rememorações do tempo da infância, da juventude e da vida adulta da protagonista, em especial do período anterior e posterior ao seu exílio, dão a ver o testemunho da época ditatorial e do sofrimento de uma coletividade, além do diálogo entre Helena e sua mãe Amália. Nesse contexto, vem à tona elementos narrativos que remontam à ditadura, ao papel social da mulher, à violência de gênero perpetrada pelo regime, bem como os rastros deixados pelos militares durante os 21 anos de repressão. Logo, para tratar da literatura de teor testemunhal, os embasamentos teóricos que sustentam este trabalho, entre outros, pautaram-se nas considerações de Márcio Seligmann-Silva e Wilberth Salgueiro. Quanto às
abordagens acerca de questões gênero, com vista ao papel social da mulher e à violência a ela perpetrada, seja simbólica, física e, hipoteticamente psicológica, as reflexões se basearam em Jaime Ginzburg, Simone de Beauvoir, Regina
Alcastagnè, Albertina Costa e Pierre Bourdieu, entre outros estudiosos. Com esse intento, esta tese uniu-se ao coro de vozes que clamam pelo não esquecimento das catástrofes mundiais, das ditaduras, do extermínio em massa e de qualquer tipo de violência imputada à mulher.