HUMOR E HISTÓRIA EM MENDIGOS – NARRATIVAS DE ALPHONSUS DE GUIMARAENS
Nome: DANIELLE FARDIN FERNANDES
Data de publicação: 17/04/2024
Banca:
Nome | Papel |
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GERALDO RAMOS PONTES JÚNIOR | Examinador Externo |
JOAO CLAUDIO ARENDT | Examinador Interno |
SERGIO DA FONSECA AMARAL | Examinador Interno |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Presidente |
Resumo: Alphonsus de Guimaraens publicou o livro Mendigos, em 1920, pouco tempo antes de vir a óbito (em 1921). No livro, há 44 crônicas e um poema. São narrativas que abordam múltiplos assuntos, mas têm um recurso bastante frequente, que é o humor, no sentido lato. Lato porque o humor que elabora não provoca o riso fácil, mas exige reflexão e decifração de elementos nem sempre à vista do leitor, sobretudo o leitor contemporâneo. A tese se propõe a examinar boa parte dessas crônicas, analisando-as à luz do humor. Antes, contudo, realiza considerações acerca do Simbolismo (brasileiro e europeu) e do conceito de humor, lançando mão em especial de textos de Sigmund Freud, Henri Bergson, Vladimir Propp e Elias Thomé Saliba. A análise das crônicas trouxe à tona o conflito existencial, filosófico e mesmo epistemológico do escritor que, vivendo em um mundo hegemonicamente religioso, ainda mais residindo no entorno do barroco mineiro, não deixa de criticar valores e personagens cristãos, sem, no entanto, se desligar de todo do imaginário metafísico. A tese procura, então, apontar o surgimento do humor precisamente nesse entrelugar em que a fissura da fé permite o escracho do humor, em forma de riso, ironia, deboche e mesmo gargalhada.
Palavras-chave: Alphonsus de Guimaraens. Mendigos (1920). Crônicas. Humor. Simbolismo brasileiro.