Literatura Surda e Mídias Sociais: Uma análise da poesia e da Arte
Visual Vernacular de Fábio de Sá

Nome: DAYANE SOARES ROSA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 27/09/2021
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
ARLENE BATISTA DA SILVA Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ARLENE BATISTA DA SILVA Orientador
MARIA MIRTIS CASER Suplente Interno
MARIANA DOS PASSOS RAMALHETE Suplente Externo
RACHEL LOUISE SUTTON-SPENCE Examinador Externo
VITOR CEI SANTOS Examinador Interno

Resumo: A partir dos debates gerados em torno dos Estudos Culturais e Estudos surdos, apresentamos uma investigação pautada nas produções culturais de sujeitos surdos, relacionadas especialmente à literatura como manifesto poético, registrada por meios alternativos de circulação favorecidos pelo uso da tecnologia. A reflexão norteadora refere-se aos espaços de circulação da literatura em língua de sinais no que diz respeito às autoproduções no mercado
cultural seguido de outros atravessamentos relacionados à: Como a comunidade surda está representada na poesia sinalizada? Quem são os produtores de literatura surda em destaque na contemporaneidade? Quem é o público-leitor? Quais alternativas de circulação utilizada por esta literatura periférica? Baseados nessas informações, a presente dissertação tem por
objetivo descrever e analisar a produção poética do autor surdo Fábio de Sá no que se refere aos modos de criação, circulação e consumo desses objetos culturais no contemporâneo. Portanto, esta investigação justifica-se pela importância de se promover a visibilidade de autores surdos ao produzir literatura, sinalizando a expansão no circuito da cultura pelo engajamento cultural desses autores considerados periféricos em relação ao mercado editorial. O embasamento teórico atribui-se aos conceitos mencionados por Stuart Hall (1997), Compagnon (1999), Candido (2000), Quadros & Sutton- Spence (2006), Strobel (2008), Garramuño (2014), Sutton-Spence (2021) entre outros. O material que subsidia esta investigação corresponde aos vídeos poéticos disponibilizados pelo autor Fábio de Sá em suas plataformas virtuais Instagram, Youtube e Facebook nos anos de 2015 a 2020, subsidiariamente, em dados coletados em entrevista acerca do trabalho de autoprodução em
língua de sinais. Como resultado, verificamos que a mídia social Instagram conta com o maior número de produções poéticas disponibilizadas, perfazendo um total de 72 obras entre poesias e Visual Vernacular. Em segundo lugar, à plataforma virtual Youtube composta por 20 obras e em terceiro lugar a mídia social Facebook com 23 obras publicadas sendo apenas 4 inéditas nessa plataforma. Constatamos que a estética de suas produções é construída por
meio das descrições imagéticas (DI) que priorizam o modo visual, apropriando-se do corpo como suporte para materializar sua arte e promover experiência sensível no leitor diante daquilo que vê, além de recursos linguísticos proporcionados pela riqueza da língua de sinais. Assim, acreditamos que o deslocamento provocado por essa literatura busca a expansão literária em novos espaços sociais, pois suas vozes que gritam em seus corpos artísticos já
estão legitimadas como arte por sua comunidade.

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