Leminski: misturas e rarefações – entre te(n)sões e paixões

Nome: FELIPE DE ALMEIDA TAVARES
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 15/04/2021
Orientador:

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SÉRGIO DA FONSECA AMARAL Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
BENJAMIN RODRIGUES FERREIRA FILHO Examinador Externo
KEILA MARA DE SOUZA ARAUJO MACIEL Suplente Externo
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Examinador Interno
MICHELE FREIRE SCHIFFLER Suplente Interno
PAULO MUNIZ DA SILVA Examinador Externo

Páginas

Resumo: Muitos dos que se debruçaram sobre a obra de Leminski o reconhecem enquanto um escritor que sintetizava os contrários, com exemplos que passam
pela união de diferentes linguagens artísticas ou gêneros literários, do poema
com a música, do popular com o erudito, do oriente e do ocidente, entre outros.Considerando essa variedade de elementos, neste trabalho temos por intuito estudar a poesia leminskiana a partir da tese de que seus poemas são
construídos por meio de uma prática, que denominamos poética da mistura e
rarefação, capaz de ampliar em intensidade e extensidade os efeitos de sua
poesia. É nesse caminho de abertura do signo poético que Leminski encontra a
sua voz, uma voz que, buscando o novo e a liberdade expressiva, alcança
leitores variados, pois se articula com diferentes aspectos culturais, à medida em que traz à superfície os efeitos próprios dessa poética. Um método de
abordagem será, por meio da análise semiótica dos poemas, vislumbrar os
efeitos e afetos que essa poética proporciona e seus desdobramentos. Entre
eles: a mistura dos sentidos através da sinestesia; a mistura de palavras e seus conceitos; o rompimento das fronteiras estéticas, culturais, midiáticas e até mesmo filosóficas, compondo um diálogo entre diferentes mídias e visões de mundo; a multiplicidade de vozes e a diluição da voz autoral (produzida pela mistura e rarefação dos seres), permitindo maior autonomia e espontaneidade ao texto poético e uma subversão transformadora que se opõe aos valores de opressão, entre outros aspectos importantes para apreciação de seu estilo. Como recorte, propomos a leitura de dois livros: Caprichos e relaxos e Distraídos Venceremos. Obras que marcam o início e o fim de sua trajetória em vida. Enquanto aparato teórico dessas análises, considerando a diversidade das misturas leminskianas, recorremos a certa interdisciplinaridade, combinando a semiótica tensiva de Fontanille e Zilberberg; a semântica e a filosofia, através de autores como, Roland Barthes, tateando seu conceito de leitura prazerosa e impertinente; Deleuze, principalmente no que tange a mistura entre os seres e os efeitos daí decorrentes, além de outros nomes que contribuem para nossa compreensão desse poeta, da Geração 70, que se mantém, ainda hoje, entre os mais populares.
Palavras chave: Paulo Leminski, Poesia, Poética, Mistura e Rarefação

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