ELEMENTOS DE PERMANÊNCIA DO GÊNERO SILVA
DA ANTIGUIDADE ROMANA À MODERNIDADE ESPANHOLA: ESTÁCIO E QUEVEDO (SÉCS. I-XVII)

Nome: LUIZA HELENA RODRIGUES DE ABREU CARVALHO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 28/02/2018
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LENI RIBEIRO LEITE Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
CHARLENE MARTINS MIOTTI Suplente Interno
LENI RIBEIRO LEITE Orientador
PAULO ROBERTO SODRÉ Examinador Interno
RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO Suplente Interno
VINCENZO ARSILLO Examinador Externo

Resumo: RESUMO
A presente dissertação tem como objetivo identificar a silva como um gênero retórico-literário na diacronia desde a Antiguidade até a Modernidade – da sua gênese em Roma, com Públio Papínio Estácio (séc. I), até sua recepção no Século de Ouro espanhol, por Francisco de Quevedo (séc. XVII). Examina, nesse ínterim, também a imitação realizada pelos escritores humanistas italianos Angelo Poliziano e Lorenzo de’ Medici (séc. XV), que reabilitaram o gênero no cenário das Letras após um período de apagamento. Para tal tarefa, em primeiro lugar, o estudo busca localizar, identificando os elementos próprios dessas composições e utilizando o conceito de supergênero de Hutchinson (2013), a silva antiga como pertencente ao supergênero lírico. Em um segundo momento, verifica a permanência do gênero silva nos autores supracitados, apropriando-se da teoria da Recepção e Permanência Clássicas de Martindale (1993), que entende os textos como algo dinâmico, que modifica e é modificado pelo passado, e do conceito de horizonte de expectativas cunhado por Jauss (1993). Para a realização da análise, buscou-se reconhecer os elementos intertextuais, como propuseram Conte e Barchiesi (2010), de modo comparativo, em três pares de silvas de Estácio e Quevedo. A pesquisa conclui que o status da silva era de gênero partícipe do supergênero lírico, pois seguia a alta variação temática da lírica helenística. Além disso, a imitação do gênero nos períodos posteriores seguia não apenas a nomenclatura utilizada pelo poeta latino, mas também a heterogeneidade dos enredos, a grande recorrência de citações mitológicas, e a propensão para a temática da retórica epidítica, inserindo e criando, dessa forma, o horizonte de expectativas do gênero. Assim, este estudo defende que a instauração da silva como gênero se encontra no aspecto imitativo que ela adquiriu desde a Antiguidade e seu prestígio pode ser atestado pela importância posterior que as composições tiveram alcançando as Modernidades italiana e ibérica.
Palavras-chave:
Recepção clássica. Supergênero lírico. Gênero silva. Estácio. Francisco de Quevedo

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