A Escrita de Maura Lopes Cançado: um Contraponto com a (des)articulação da Linguagem do Louco
Nome: MÁRCIA MOREIRA CUSTÓDIO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 17/11/2017
Orientador:
Nome | Papel |
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FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDER JEFERSON NASSAU BORGES | Examinador Externo |
ALEX FABIANO JARDIM | Examinador Externo |
ALINE PRÚCOLI DE SOUZA | Suplente Interno |
ANA AUGUSTA WANDERLEY RODRIGUES DE MIRANDA | Examinador Interno |
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Orientador |
Páginas
Resumo: Esta tese de doutorado se propõe a pesquisar e a analisar a linguagem literária de Maura Lopes Cançado, tendo como pressuposto a relação entre literatura e loucura. As obras da escritora, Hospício é deus e O sofredor do ver, evidenciam aspectos que particularizam a narrativa e a linguagem de Maura, posicionando-a como uma escritora em fratura com o seu tempo. Dentro da concepção de contemporâneo de Giorgio Agamben, Maura se inscreve na condição de
escritora desconexa, excêntrica, em desacordo com o seu tempo. Privilegiando a temática da loucura, a leitura de suas obras promove articulações possíveis entre a vida e a obra da autora, paciente de hospício, caracterizando a atividade da criação literária de Maura, simultaneamente, como lugar de memória, de denúncia, de resistência e de exercício de dobra. Os postulados de pensadores como Maurice Blanchot, Gilles Deleuze, Heloisa Buarque de Hollanda, Flora Sussekind, Michel Foucault, Erving Goffman e outros fazem mediação para a reflexão. Uma vez que a linguagem de Maura apresenta em sua elaboração a estrutura e a temática da violência, da repressão e da dor, que dá voz a uma coletividade encerrada no hospício, confere-se a
manifestação de um teor testemunhal a suas obras, cuja abordagem se fará mediante os estudos de Jaime Ginzburg e Márcio Seligmann-Silva.