Erótica? Não, virótica: Hilda Hilst e a literatura sob o signo do capitalismo

Nome: VICTOR CAMPONEZ VIALETO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 06/08/2013
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DENEVAL SIQUEIRA DE AZEVEDO FILHO Examinador Interno
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Orientador
MARCELO CHIARETTO Examinador Externo

Resumo: Em O caderno rosa de Lori Lamby, obra publicada em 1990, Hilda Hilst parece ter encontrado uma saída para a dinâmica capitalista: uma saída virótica. O discurso de Lori Lamby penetra na máquina do capital e, uma vez instalado, incia-se sua proliferação indefinida. Esta pesquisa surge no horizonte da oitava tese de Walter Benjamin em Sobre o conceito de história, que afirma urgir o surgimento de um conceito de história que dialogue com o estado de exceção que se tornou regra geral. A presente dissertação entende esse livro de Hilda Hilst como a ereção de uma obra que condiz com o estado de exceção, produzindo potência ao se haver com as contingências de sua época por estar, por assim dizer, na hora do mundo. Empreender-se-á, neste perímetro estabelecido, a perscrutação da dimensão da estratégia ficcional de Hilda Hilst, partindo do pressuposto de que a narrativa contida no caderno de Lori, centrada em um entender mais ou menos o capitalismo que contamina tudo o que acontece, agenciando os desejos e mediando as relações entre boa parte dos personagens da trama provoca um superfuncionamento dessa máquina, um superaquecimento das engrenagens do sistema que, em última instância, acaba por avariá-lo e desorganiza seus estratos. À guisa de anteparos teóricos para esta investigação, serão úteis as contribuições, sobretudo, de Deleuze e Guattari e de Michel Foucault, além de Karl Marx e Guy Debord.

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