Clarice Lispector - Nos confins do simbólico, a invenção do sujeito
Nome: LEDA MARA FERREIRA
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/06/2011
Banca:
Nome | Papel |
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ALEXANDRE JAIRO MARINHO MORAES | Examinador Interno |
NOÊMIA SANTOS CRESPO | Suplente Externo |
OLGA MARIA MACHADO CARLOS DE SOUZA SOUBBOTNIK | Orientador |
SÁVIO SILVEIRA DE QUEIROZ | Examinador Externo |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Suplente Interno |
Resumo: Este trabalho aborda a narrativa de Clarice Lispector através de uma articulação entre o discurso literário e o discurso psicanalítico. As obras selecionadas para maior aprofundamento foram os contos Miopia progressiva, A legião estrangeira, que fazem parte do livro Felicidade clandestina e o conto Amor, do livro Laços de família. Utilizamos alguns conceitos da teoria psicanalítica, principalmente os três registros lacanianos para situar e elaborar um ponto de ruptura recorrente da narrativa de Clarice, que denominamos confins do simbólico, como lugar da invenção do sujeito. Borda ou litoral situada entre o Real e o Simbólico, momento ambíguo da linguagem, porque toca o limite onde o sentido vacila e o novo se anuncia como virtualidade, este é o lugar originário do sujeito. Os personagens de Clarice Lispector se encontram repetidamente lançados na ambigüidade deste ponto que ilustra, na interface dos discursos, Literário e Psicanalítico, o saber sobre o sujeito da linguagem, que é também o sujeito do inconsciente.