A cidade flutuante:: espaços, deslocamentos e identidades na literatura pós-moderna
Nome: RAFAELA SCARDINO LIMA PIZZOL
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 09/12/2008
Banca:
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Papel |
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ALEXANDRE JAIRO MARINHO MORAES | Orientador |
Resumo: A cidade impõe a seus habitantes um incessante mover-se, um deslocamento por espaços que não apresentam sinais de qualquer fixidez identitária, física ou urbana. O texto urbano é constituído pelos corpos que por ele se movem, escrevendo-o, muitas vezes, sem chegar a lê-lo. Nos romances de Paul Auster, e também em muitas obras de literatura contemporânea, de modo semelhante, a única possibilidade de conhecimento da cidade entrevista pelos personagens provém de suas caminhadas e da narração daquilo que experimentam e testemunham. Em seu deslocamento, movem-se por estruturas tanto subjetivas quanto empíricas e, ainda, por palavras na tentativa de dar forma ao espaço da cidade e à ausência de qualquer sensação de pertencimento.
Este ensaio trata das estruturas urbanas e dos processos de deslocamento e subjetivação nos mundos contemporâneos encenados literariamente, tomando como eixo a obra do escritor norte-americano Paul Auster, especialmente as narrativas No país das últimas coisas e Cidade de vidro, e, em menor foco, outras obras de literatura contemporânea.
Neste panorama conceitual, vamos discutir e analisar, portanto, as configurações dos mundos contemporâneos a fim de estudar representações dos sujeitos pós-modernos, sua relação com as organizações espaciais, as flutuações identitárias e os deslocamentos no tempo/espaço urbano, bem como as formas pelas quais tais relações são encenadas na literatura pós-moderna.