Metaficção e Ditadura em Cola de Lagartija de Luisa Valenzuela
Nome: ÁILA FERREIRA FELÍCIO
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/07/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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MARIA MIRTIS CASER | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ADELIA MARIA MIGLIEVICH RIBEIRO | Examinador Interno |
CARMELITA TAVARES SILVA | Examinador Externo |
CLÁUDIA PAULINO DE LANIS PATRÍCIO | Suplente Interno |
KARINA DE REZENDE-FOHRINGER | Suplente Externo |
MARIA MIRTIS CASER | Orientador |
Resumo: Este Trabalho apresenta uma leitura do romance Cola de Lagartija de Luisa
Valenzuela, que retrata os acontecimentos da ditadura argentina, 1976-1983,
denominada como Processo de Reorganização Nacional. Considerada um gênero
híbrido, pois mescla características dos subgêneros do romance, Cola de Lagartija apresenta uma narrativa com teor testemunhal, uma vez que destaca as vozes dos sujeitos que foram silenciados pelo Terrorismo de Estado. A metaficçãohistoriográfica é tida como chave de leitura para entendimento da obra. Também se discute o termo metaficção, considerado por muitos autores uma característica da pós-modernidade, enquanto outros a consideram uma característica presente nos romances latino-americanos, produzidos antes do século XX. Discute-se a relação do corpo na obra e a apropriação feita pelo personagem Brujo, em especial, a apropriação do corpo da Muerta, interpretada como uma alegoria de Eva Perón. Por fim, considera-se a concepção da memória e a construção de uma identidade argentina, pensando na colonialidade e nas relações de poder apresentadas em Cola de Lagartija (1983).