O HAROLDO DE CAMPOS TRANSFINITO: ESPÍRITO, SIGNO E MATÉRIA
NUM POSSÍVEL (NEO)ROMANTISMO EM A MÁQUINA DO MUNDO REPENSADA
Nome: ERNESTO DE SOUZA PACHITO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 25/06/2015
Banca:
Nome | Papel |
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ANDRÉIA PENHA DELMASCHIO | Examinador Externo |
BETINA RIBEIRO RODRIGUES DA CUNHA | Examinador Externo |
DENEVAL SIQUEIRA DE AZEVEDO FILHO | Orientador |
GASPAR LEAL PAZ | Examinador Interno |
LINO MACHADO | Examinador Interno |
Resumo: Após a grande operação de se conferir maior materialidade à linguagem das artes, iniciada com consciência de luta de classes em torno da época de Courbet, intensificada em várias alas do modernismo, inclusive literário, no fim do século XX e início do século XXI, Haroldo de Campos empreende um poema passadista, A Máquina do mundo repensada, de 2000, que faz a revisão das cosmovisões, científicas em maior ou menor grau, de Ptolomeu à física contemporânea, e se detém numa oposição complementar que não se subsume num termo superior. Pura materialidade ou não? O físico ou o além do físico? Um Deus imanente ou presença de alguma transcendência divina? Ou o agnosticismo? A construção de um poema, por parte de Haroldo de Campos, pleno de revérberos sonoros e imagéticos dotado igualmente de concreção e imponderabilidade nesses revérberos e em símbolos (no sentido do artista e pensador alemão Wolfgang von Goethe) de profundidade semântica no mínimo incerta. Peirce, seu conceito de quale-consciênscia, sua doutrina do sinequismo e sua concepção de monismo. A possível ou desejável reabilitação de um sentido ético para as artes, após os relativismos ditos pós-modernistas.