Slam: a Poesia Oral Como Signo de Afirmação Identitária E
ressignificação Histórica de Mulheres Negras.

Nome: FABRÍCIA BITTENCOURT PAZINATTO VAGO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 12/07/2021
Orientador:

Nomeordem crescente Papel
MARIA MIRTIS CASER Orientador

Banca:

Nomeordem crescente Papel
RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO Examinador Interno
MICHELE FREIRE SCHIFFLER Examinador Interno
MARIA MIRTIS CASER Orientador
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO Examinador Externo
ARLENE BATISTA DA SILVA Suplente Interno

Páginas

Resumo: Propõe-se ampliar as discussões sobre os slams, eventos em que ocorrem
competições de poesia falada que se firmam como espaços políticos e estéticos e
que, no Brasil, desenvolveram-se nas periferias. Os textos performados nos slams são produções discursivas que se fortalecem como prática política e resistência cultural de mulheres negras. As slammers concebem a competição de poesia como uma possibilidade subversiva de, através da performance, construir identidades, romper os silêncios e assumir um espaço a elas negado historicamente. O corpus da pesquisa é constituído por textos produzidos por escritoras jovens, residentes na zona periférica de São Paulo e do Espírito Santo e pertencentes ao Slam das Minas e ao Slam Nísia, respectivamente. Os fundamentos que respaldam a pesquisa estão ancorados nos estudos do feminismo negro interseccional abordado pela brasileira Sueli Carneiro e pelas estadunidenses bell hooks, Patrícia Hill Collins e Angela Davis. Os sistemas discriminatórios foram analisados com base no conceito de
interseccionalidade de raça, gênero de classe, defendido por Lélia Gonzalez e
Kimberlé Crenshaw. A proposta para o estudo é uma pesquisa qualitativa, com base no método exploratório, uma vez que abrange, além do levantamento bibliográfico, entrevistas, pesquisa de campo e análise do corpus literário. Constata e defende que é de relevância, na esfera social e literária, fomentar a discussão em torno de novas epistemes, proporcionar visibilidade às poetas da periferia que, do lugar de subalternidade a que foram lançadas, rompem silêncios, descortinam invisibilidades históricas, ressignificam representações, resistem ao alinhamento político e forjam suas identidades e sua produção artística a partir de suas escrevivências em movimentos culturais como o slam.
Palavras-chave: Feminismo negro; Identidade; Interseccionalidade; Poesia Slam;
Resistência.

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