Quincas Borba: da Megalomania à Decadência
Nome: ROGÉRIO DE NAZARETH SOARES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 16/08/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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PAULO ROBERTO DE SOUZA DUTRA | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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FELIPE DE OLIVEIRA FIÚZA | Suplente Externo |
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES | Suplente Interno |
PAUL DIXON | Examinador Externo |
PAULO ROBERTO DE SOUZA DUTRA | Orientador |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Examinador Interno |
Resumo: A presente dissertação propõe estudar as interfaces da política em Quincas
Borba, de Machado de Assis. Para isso, fundamentam a pesquisa: a) as
análises de John Gledson sobre Quincas Borba encontradas no livro Machado
de Assis: ficção e história, em que o crítico aponta, a partir das modificações
feitas pelo autor na edição final em livro (1891), uma alegoria do final do
Segundo Reinado; b) os estudos de Raymundo Faoro em Machado de Assis:
A pirâmide e o trapézio, onde são pontuadas e analisadas situações e
circunstâncias que envolvem a temática política na obra do autor de Dom
Casmurro; c) a contribuição de Brito Broca em Machado de Assis e a política,
em que o crítico apresenta o universo político na obra machadiana, a fim de
analisar como se dá o extraordinário espetáculo humano nas artérias da
literatura e também da realidade brasileira imperial; d) e, por fim, as
investigações de Lilia Moritz Schwarcz sobre Dom Pedro II e o Segundo
Reinado em As barbas do imperador: um monarca nos trópicos. Nesse sentido,
serão analisados três personagens que situam a esfera política do romance:
Rubião, Camacho e Teófilo. No caso de Pedro Rubião, o estudo será
constituído na relação entre a megalomania e sua consequente decadência.
Pois, a loucura do protagonista pode funcionar como um mediador a fim de
diagnosticar o tenso momento político de julho de 1868, em que o imperador
derruba um gabinete liberal e o substitui por um conservador. Por outro lado, a
análise em torno de Camacho e Teófilo tem como ponto de reflexão um
diagnóstico dos bastidores da política imperial, uma vez que ambos pertencem
a esse universo. Tanto um como o outro apresentam a possibilidade de vitória,
mas são condecorados com a derrota, assim como Rubião. Desse modo,
pretende-se apresentar como resultado na dissertação, uma reflexão política
dos anos de 1867-1871 sob as veias da literatura.