FICÇÃO, História e Ética na Autoficção o Irmão Alemão, de Chico Buarque
Nome: MARIA EDUARDA PECLY LOPES
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 02/08/2019
Orientador:
Nome | Papel |
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FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Orientador |
Banca:
Nome | Papel |
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ANDRÉIA PENHA DELMASCHIO | Examinador Externo |
DAISE DE SOUZA PIMENTEL | Suplente Externo |
FABÍOLA SIMÃO PADILHA TREFZGER | Orientador |
JORGE LUIZ DO NASCIMENTO | Suplente Interno |
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO | Examinador Interno |
Resumo: Investigam-se os aspectos historiográficos de eventos coletivos traumáticos dentro de uma narrativa autoficcional, O irmão alemão (2014), de Chico Buarque. Como cenários históricos durante a busca pelo irmão alemão, encontram-se a Segunda Guerra Mundial na Alemanha e a Ditadura Militar no Brasil. O intuito da pesquisa parte da discussão sobre como a autoficção chave de leitura defendida por alguns críticos como gênero de autoengendramento do autor, de caráter narcísico pode ser um dispositivo de construção de si que parte do outro, como forma de o narrador ser porta-voz daqueles que passaram por episódios históricos traumáticos, e não apenas uma tentativa exibicionista com o único objetivo de se performar para o leitor. Assim, além de referências teóricas e críticas sobre autoficção e História, como os pensadores Evando Nascimento, Roland Barthes, Philippe Lejeune, Walter Benjamin e Alun Munslow, utilizamos, também, referências da literatura de testemunho, tais como Wilberth Salgueiro, Jaime Ginzburg e Márcio SeligmannSilva. Além de se perceber que em O irmão alemão a autoficção envolve questões atinentes ao narrador e, num espectro mais amplo, a uma coletividade, discute-se também de que modo o romance se diferencia de autoficcções restritas à celebração de si no que diz respeito ao uso de dados autobiográficos envolvendo o circuito privado, familiar, do autor, Chico Buarque.