O florescimento de habitabilidades mais que humanas na literatura

Resumo: Diante do impacto gerado pelas já irreversíveis mudanças climáticas de caráter antropogênico, a necessidade de repensar nossas formas viver juntos se apresenta como urgência. Buscando outros modos possíveis de habitar e construir relações complexas com nosso planeta, considero premente dedicar especial atenção à poesia, pois ela nasce, preferencialmente, no meio do que poderíamos chamar, recorrendo à antropóloga Anna Tsing (2019), de “paisagens perturbadas”: paisagens muitas vezes nada propícias, lá onde o solo está pobre, exposto, onde a perturbação do ambiente impede sua apropriação pela monocultura, ou seja, por aquilo que é homogêneo, incontaminado. Este trabalho se pergunta como a literatura pode contribuir para a criação de mundos multiespécies, para além da autoproclamada excepcionalidade humana. Mundos em comum — mundos comuns — em que as singularidades se encontrem e, juntas, produzam novas habitabilidades.

Data de início: 14/06/2021
Prazo (meses): 60

Participantes:

Papelordem decrescente Nome
Coordenador RAFAELA SCARDINO LIMA PIZZOL
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