ENTRE O TEMPO E O ESPAÇO: AS RELAÇÕES DE IDENTIDADE SOCIAL NA
ESCRITA DE LIMA BARRETO E NO RAP DE EMICIDA
Nome: ANA PAOLA LAEBER COSTA
Data de publicação: 30/11/2023
Banca:
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Papel |
|---|---|
| VIVIANA MONICA VERMES | Orientador |
Resumo: No contexto da modernidade brasileira do século XX, marcada por mudanças sociais
e debates intensos sobre questões étnicas, teorias racistas propagaram a ideia de
diferenças naturais e biológicas entre grupos humanos, usando a ciência para
justificar a suposta inferioridade de certos grupos étnicos, como a população negra.
Essas teorias impulsionaram a análise da identidade de grupos socialmente marcados
nos estudos culturais e sociais. Diante desse cenário, esta pesquisa concentra-se na
análise da falta de cidadania gerada pelo racismo, estabelecendo conexões entre as
obras literárias de Lima Barreto, incluindo Diário Íntimo e Diário do Hospício
(publicadas postumamente em 1956), e as composições musicais “Boa Esperança” e
“Mandume” do álbum Sobre Crianças, Quadris, Pesadelos e Lições de Casa... (2015)
de Leandro Roque de Oliveira, conhecido como Emicida. Além disso, adotamos uma
abordagem teórica que explora os espaços sociais e geográficos que influenciaram
esses escritores, considerando os contextos históricos de segregação e
marginalização que enfrentaram. Embora Lima Barreto e Emicida pertençam a
diferentes períodos e contextos, esta pesquisa propõe uma análise espiral e dialógica
das representações e reconstruções identitárias presentes em suas obras. Buscamos
lançar luz sobre as interseções entre literatura, música e identidade, explorando como
esses dois artistas abordaram questões de cidadania e racismo em suas respectivas
obras, incorporando as percepções de acadêmicos renomados, como Abdias do
Nascimento, Carmem Lúcia Negreiros de Figueiredo, Kambegele Munanga, Lilia
Moritz Schwarz, Stuart Hall e entre outros.
Palavras-chave: Emicida. Lima Barreto. Cidadania. Identidade. Racismo
