O vitupério satírico de base iâmbica

Nome: IANA LIMA CORDEIRO

Data de publicação: 27/06/2023

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RAIMUNDO NONATO BARBOSA DE CARVALHO Orientador

Resumo: O iambo grego, produzido na Grécia Arcaica entre os séculos VII e VI a.C. por
Arquíloco de Paros, Semônides de Amorgos e Hipônax de Éfeso, ficou
conhecido pela forte presença da invectiva, i.e., o ataque a alvos ou
comportamentos contemporâneos. Observamos este aspecto também na sátira
romana imperial, produzida entre os séculos I a.C. e II d.C., pelos autores Lucílio,
Horácio, Pérsio e Juvenal. A aproximação entre ambos os gêneros já havia sido
estabelecida pelo gramático Diomedes, que define tanto o iambo quanto a sátira
utilizando-se da mesma expressão: canto maledicente (carmen maledicum).
Desta forma, considerando que, apesar da grande distância temporal entre
ambos, temos Calímaco de Cirene no período helenístico compondo iambos
segundo o modelo de Hipônax e sendo imitado por Horácio, propomos a
aproximação entre o vitupério iâmbico arcaico e o satírico romano. Para
demonstrar essa semelhança, analisamos as proximidades temáticas a partir de
cinco eixos: a constituição da persona poética, o cumprimento da invectiva
pessoal, o vitupério direcionado a mulheres, a moralidade como critério para
ataque a alvos, e, por fim, a linguagem obscena para se referir a órgãos e
relações sexuais

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