O CICLO DA BAHIA
SOB O ENFOQUE DO REFLEXO ESTÉTICO DA REALIDADE

Nome: FABIO HENRIQUE DE ARAUJO SANTOS
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 26/07/2023
Orientador:

Nome Papelordem decrescente
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Orientador

Banca:

Nome Papelordem decrescente
NILTON DE PAIVA PINTO Examinador Externo
JIEGO BALDUINO FERNANDES RIBEIRO Examinador Externo
VITOR CEI SANTOS Examinador Interno
ROBSON LOUREIRO Examinador Interno
LUÍS EUSTÁQUIO SOARES Orientador

Páginas

Resumo: Esta tese tem o objetivo de investigar se os romances Cacau (1933); Jubiabá (1935) e
Capitães da areia (1937), do escritor Jorge Amado, podem ser considerados realistas,
segundo a teoria do Reflexo Estético da Realidade desenvolvida por Georg Lukács. Essas
obras, também conhecidas como Ciclo da Bahia, foram escritas entre dois importantes
marcos da história do Brasil: a Revolução de 1930 e a decretação do Estado Novo em 1937.
No início do século XX a oligarquia aristocrática entrava em declínio, nos anos 1930 a
burguesia em ascensão tomava o poder e o iminente desenvolvimento industrial estimulava
o surgimento do proletariado e, consequentemente, a formação dos movimentos sindicais
influenciados por teorias marxistas provenientes da Rússia. Nesse cenário, emergiu uma
profusão de classes e de conflitos ideológicos no Brasil que poderia possibilitar o surgimento
de um pensamento laico em parte da sociedade. Jorge Amado não ficou calado diante da luta
de classes tão evidente e esse momento histórico foi propício à produção de obras de arte
autenticamente realistas. É nesse sentido que o Ciclo da Bahia será analisado: sob a
perspectiva teórica do Reflexo Estético da Realidade, desenvolvida pelo crítico literário
húngaro Georg Lukács. Dessa forma, utilizaremos o método lukacsiano de análise de obras
literárias, que parte da particularidade de cada obra em relação dialética com a universalidade
do contexto histórico, para investigar se as obras que compõem o Ciclo da Bahia, aqui
estudadas, podem ser consideradas realistas segundo a concepção estética de Lukács. Ainda
como importante referencial, evocaremos as teorias de Karl Marx e Friedrich Engels e das
pesquisas marxistas realizadas pelo Professor Doutor Luis Eustáquio Soares. Além da
fundamentação teórica, pretendemos contextualizar historicamente as obras a partir de
historiadores como Nélson Werneck Sodré, Edgard Carone, Caio Prado Júnior, Clóvis
Moura e Victor Nunes Leal. E, por fim, dialogaremos com diversos autores da fortuna
crítica, tais como: Antônio Cândido, Alfredo Bosi, Afrânio Coutinho, Eduardo de Assis
Duarte, Renard Perez, Alice Raillard, Eduardo Portella, Geferson Santana, Luiz Gustavo F.
Rossi, Miécio Táti, entre outros.
Palavras-chave: Ciclo da Bahia; particularidade; universalidade; reflexo estético da
realidade.

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