Paulo Dutra e Bernadette Lyra são semifinalistas do Prêmio Oceanos
O Oceanos – Prêmio de Literatura em Língua Portuguesa 2020 divulgou na última terça-feira, 25 de agosto, os 54 livros semifinalistas da edição deste ano. Entre os classificados estão Paulo Dutra e Bernadette Lyra, ao lado de nomes como Chico Buarque, Marcelo Rubens Paiva, Luiz Ruffato, Mia Couto, Adriana Lisboa e Maria Valéria Rezende.
Os livros inscritos foram lidos e analisados por um corpo de 88 profissionais das Letras – professores de literatura, escritores, poetas e jornalistas – de seis países de língua portuguesa. Em dezembro, os vencedores serão escolhidos pelo júri composto pelos portugueses Joana Matos Frias, professora, escritora e tradutora, e Carlos Mendes de Sousa, professor; pelo angolano Ondjaki, escritor; pela santomense Inocência Mata, professora e crítica literária, e pelos brasileiros Angélica Freitas, poeta, João Cezar de Castro Rocha, professor, e Viviana Bosi, professora.
Abliterações, de Paulo Dutra
Paulo Dutra é professor da Universidade do Novo México (EUA) e docente permanente do Programa de Pós-Graduação em Letras da Ufes. Na coletânea de poemas Abliterações (Malê, 2019), semifinalista do Prêmio Oceanos, o autor usa uma “linguagem propositalmente popular, jocosa, inventiva, auditiva e visual”, afirma a pesquisadora grega Kalliopi Samioutou, da Vanderbilt University, na orelha do livro.
A professora e escritora Maria Amélia Dalvi, na apresentação do livro, avalia que Paulo Dutra “produz uma poesia sem reboco na parede, ginga a seu modo duro em ritmo de rap e samba, traz redivivos Marielle Franco e o próprio Complexo da Maré, todo dia empurrado à morte e à aniquilação”.
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Ulpiana, de Bernadette Lyra
Professora Emérita da Ufes e uma das mais (re)conhecidas escritoras da história da literatura do Espírito Santo, Bernadette Lyra foi a autora homenageada do segundo número da Fernão, revista do Núcleo de Estudos e Pesquisas da Literatura do Espírito Santo (Neples), do Programa de Pós-Graduação em Letras da Ufes.
Em Ulpiana (A Lápis, 2019), Lyra entrelaça as histórias de várias mulheres, de forma não linear, unindo fragmentos de memórias e tramas. O título se refere a uma antiga necrópole em ruínas, situada nos Balcãs, na planície do Kosovo, local que perpassa toda a narrativa.