Professores do PPGL lançam livros de poemas
Os poetas Ester Abreu Vieira de Oliveira, Nelson Martinelli e Wilberth Salgueiro, docentes permanentes do Programa de Pós-Graduação em Letras da Ufes, estão lançando novos livros. Mutações, rondar o indizível e Sonetos estão em pré-venda pela Editora Cousa.
“Assim, meus amigos, devem ser lidos os poemas da querida Ester, com os olhos do espírito, procurando absorver as ilusões da realidade descrita, percorrendo os caminhos de sua andança poética, por mares, paisagens áridas e luminosas, ouvindo a música dos seus versos, sonhando com os seus devaneios e prostrando-nos diante da imagem de Cristo crucificado e da Virgem dolorosa, não para pedir-lhes perdão, mas compaixão pelos que sofrem neste momento de dor por que passa a humanidade. Os poemas de Ester Abreu são luz nestes tempos obscuros.” Francisco Aurelio Ribeiro
“Nelson Martinelli, com rondar o indizível, ingressa na longa tradição dos sonetistas, articulando - com a graça que vem de A dupla cena – essa clássica forma poética a um discurso-saber (psicanálise) que muitas vezes se realiza a partir do movimento de rondar o indizível. O paciente aqui experimenta o lugar de analista, sob pena de devoração – o desejo de todo poema é nos devorar. Deixar-se devorar pode ser uma saída (órfica, simbólica, erótica), considerando o prazer que é ressurgir das cinzas a cada virar de página. Não há segredo mais óbvio do que esse para a sobrevivência do leitor astuto: sempre, sempre, sempre virar a página.” Wilberth Salgueiro
“Wilberth Salgueiro fez do soneto seu campo de jogo. Aí vai tocando e lançando cada palavra, armando as maiores jogadas. Porque se a forma é fixa, seu discurso é movente, cheio de polifonias, de lances dramáticos, sem medo de ruídos e interferências de outros gêneros discursivos, não raro desprestigiados pelos modelos clássicos. Seus sonetos prescindem dos esquemas de rimas convencionais, escolhem as rimas assonantes e mesmo espalhadas. Suas rimas ou dobres são como as estampas do tecido poético. Os ataques sonoros não são previsíveis só pela ponta direita da página, mas são costurados por todo o corpo do poema. Aqui, desditoso leitor, é preciso ter o futebol canarinho, das curvas que entortam as retas adversárias, como ideal de beleza.” Pedro Marques