(Des)conhecendo Centauro e suas Mulheres: um estudo arquetípico em "A Ceia Dominicana": Romance neolatino, de Reinaldo Santos Neves

Nome: ANA PAOLA LAEBER
Tipo: Dissertação de mestrado acadêmico
Data de publicação: 29/05/2015

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
DENEVAL SIQUEIRA DE AZEVEDO FILHO Orientador
ESTER ABREU VIEIRA DE OLIVEIRA Examinador Interno
WILSON COÊLHO PINTO Examinador Externo

Resumo: A partir de uma linguagem rica de múltiplas significações, realizamos nesta pesquisa uma ampla discussão por teorias que versam acerca do mundo mitológico. Observamos, de maneira especial, a obra do autor capixaba Reinaldo Santos Neves, A ceia dominicana: romance neolatino (2008), cuja tessitura de escrita se apoia em matrizes mitológicas. Esse romance, parte de uma trilogia, foi escrito baseado em vários autores clássicos, nacionais e capixabas, além de misturar livremente gêneros textuais diversos. Tendo em vista a complexidade da obra, elaboramos os seguintes questionamentos: que imagens arquetípicas são possíveis apreender da literatura de Reinaldo Santos Neves quando expressam o universo feminino e por que razão o protagonista se intitula biforme, centauro? Utilizamos a visão sobre os mitos e arquétipos literários, tendo como foco as estruturas míticas, tais como, a mulher fatal, o eterno retorno, o ritual de passagem e a metamorfose, etc. Dentre uma gama de teorias acerca do universo mítico, fizemos uso, preferencialmente, dos pressupostos teóricos do psicólogo Carl Jung com sua obra Os arquétipos do inconsciente coletivo (2000), do russo Eliezer Melentinski em A poética do mito (1987) e em Os arquétipos literários (2002), de Mircea Eliade em O mito do eterno retorno (1992), Tratado de história de las religiones (1974) e Mito e realidade (1972). Utilizaremos como consulta e apoio o Dicionário de mitos literários (1988) do crítico literário francês Pierre Brunel e também o Dicionário de Cultura básica do acervo digital da UNESP escrito por Salvatore D'onofrio. O resultado mostrou que a linguagem literária reinaldiana suscita os mitos e os arquétipos literários entendidos como pontos temáticos da literatura universal. Dessa forma, entendemos que as estruturas míticas retomam a narrativa contemporânea reinaldiana acerca dos acontecimentos mundanos, apontando um sujeito fragmentação.

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