O Cânone hispânico e o relato breve: Cortázar e García Márquez

Resumo: O conto, tido por muito tempo como um “ gênero menor”, teve grandes mestres, como Edgar Alan Poe, Anton Tchecov, Machado de Assis, dentre outros. Na América hispânica, três autores do chamado “Boom” tornaram-se referência para quem aprecia e/ou estuda os chamados relatos breves. Borges, Cortázar e García Márquez, tendo produzido obras de cunho, muitas vezes, diametralmente opostos no que se refere a procedimentos estilísticos, foram filiados ao que genericamente foi etiquetado como “narrativa fantástica”. Dentro de suas especificidades, construíram ao longo de décadas relatos que foram marcantes na literatura em língua espanhola produzida na América. Borges, em grande parte de sua obra ficcional, apresenta uma capa metafísica, na qual à erudição literária somava-se um caráter meta-literário que foi inovador e provocativo. Cortázar, que escreveu quase toda sua obra na França, onde se radicou, produziu em espanhol contos nos quais o insólito irrompia no cotidiano e abalava as tênues fronteiras que separariam a realidade de outras apreensões de mundos possíveis. García Márquez, através do aproveitamento de fábulas populares, trazia a maravilha para o campo das representações culturais.

Data de início: 01/08/2011
Prazo (meses): 24

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