A soma incerta do que somos: estudo da poesia visual de Arnaldo Antunes à luz do poema "cromossomos"

Nome: DOUGLAS FIÓRIO SALOMÃO
Tipo: Tese de doutorado
Data de publicação: 27/10/2015
Orientador:

Nomeordem decrescente Papel
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO Orientador

Banca:

Nomeordem decrescente Papel
ANDRÉIA PENHA DELMASCHIO Examinador Externo
LINO MACHADO Examinador Interno
MARCUS VINICIUS DE FREITAS Examinador Externo
MARIA AMÉLIA DALVI SALGUEIRO Examinador Interno
WILBERTH CLAYTHON FERREIRA SALGUEIRO Orientador

Resumo: Na presente tese, buscamos analisar alguns aspectos da poesia visual do artista multimídia e cantor pop Arnaldo Antunes, à luz do poema cromossomos, integrante da série nada de dna, por sua vez contida no livro n.d.a., de 2010. Afigurando-se de maneira análoga à lógica de armazenamento de genes de uma molécula de DNA, a concepção gráfica de cromossomos permite que de sua anatomia circular sejam extraídas informações várias, de conteúdo micro e macrocósmico, que se encontram embutidas nos arranjos de seus caracteres. Nesse sentido, a composição foi tomada na tese tal qual um organismo poético aglutinador de temas, traços, marcas, singularidades e dinâmicas de leitura que se manifestam em outros trabalhos, espaços e segmentos da obra de Antunes, como também na de seus predecessores. Em razão desses aspectos, busca-se apresentar alguns dos principais registros de poesia visual que precederam o repertório heterogêneo do autor. Posteriormente, empreende-se um panorama da obra arnaldiana, levando em conta as áreas mais significativas onde o poeta demarca suas inscrições. Na sequência, tendo como foco a temática genética, faz-se uma incursão no campo da biologia, com atenção aos componentes cromossomos, genes e DNA. Adiante, com vistas ao sintagma nada de dna, em cujo enunciado se faz explícita a rejeição de uma origem de ordem determinista patente do campo científico, busca-se examinar índices desse processo de negação que parecem atuar também no âmbito literário, sob uma perspectiva de recusa a vínculos de herança, filiação ou de irmandade do poeta em relação aos seus pares. Ao final, com base em conceitos oriundos da psicanálise, em elementos da semiótica, em recursos intertextuais e em resultados obtidos do cotejo de trabalhos realizados ao longo desta pesquisa, conclui-se que as composições de Antunes embora sejam, às vezes, atravessadas por registros de um recusa de ordem genético-genealógica deixam transparecer nos lapsos de seus arranjos que integram o sentido, o som e a visualidade dos códigos uma série de inscrições herdadas de seus antecessores.

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